sábado, 20 de outubro de 2012

PERDER O MOMENTO PRESENTE É PERDER A VIDA - BUDA

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‎" O Buda ensinou que não deveríamos perseguir o passado “porque o passado não existe mais”. Quando estamos perdidos em pensamentos sobre o passado, perdemos o presente. A vida existe somente no momento presente. Perder o presente é perder a vida. O que o Buda quis dizer é muito claro: nós devemos dizer adeus ao passado de forma que possamos retornar ao presente. Retornar ao presente é ficar em contato com a vida.O presente contém o passado. Quando entendermos como nossas formações internas causam conflitos em nós, poderemos ver como o passado está no momento presente, e não mais seremos subjugados pelo passado. Quando o Buda disse “Não persiga o passado” ele estava nos dizendo para não sermos subjugados pelo passado. Ele não quis dizer que deveríamos parar de olhar para o passado de forma a observá-lo em profundidade.
Quando
revemos o passado e o observamos profundamente, se estivermos firmemente ancorados no presente, não seremos subjugados por ele. Os materiais do passado que constroem o presente se tornam claros quando se expressam no presente. Podemos aprender com eles. Se observarmos estes materiais em profundidade, podemos chegar a um novo entendimento sobre eles. Isto é chamado de “olhar novamente para algo antigo de forma a aprender algo novo”.
Se soubermos que o passado também está localizado no presente, entenderemos que somos capazes de mudar o passado ao transformar o presente. Os fantasmas do passado que nos seguem no presente, também pertencem ao momento presente. Observá-los em profundidade, reconhecer sua natureza e transformá-los, é transformar o passado. " - Ven. Thich Nhat Hanh

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

ARTIGO - SAÚDE EMOCIONAL - Heloisa Nardi de Souza

Saúde Emocional - Alegria de Viver
Parte I

Já vimos que a saúde depende do equilíbrio entre corpo físico, mental e espiritual, como também já nos reportamos à importância de respiração e da alimentação para o corpo físico.
Agora veremos que para se ter um corpo emocional saudável precisamos compreender nossas emoções e cultivar aquelas que nos fazem bem, que alimentam nossa alma, como também precisamos trabalhar e compreender aquelas que nos perturbam e fazem mal.
Pensando nas que nos fazem bem, a primeira idéia que me ocorre é que "Alegria é saúde"!
É preciso se ter "alegria de viver" para se cuidar e ter saúde. Amar a vida alimenta nossa alma. Alegria de viver é necessária para se ter auto estima elevada, amar o que se faz e fazer  o que se gosta, estar em harmonia consigo mesmo.
Para isso a escolha da profissão é muito importante, tem que ser escolhida acertadamente. Mas sabemos que em tempos difíceis como os que estamos vivendo atualmente, em que há tanta dificuldade de colocação no mercado de trabalho, acabamos vendo pessoas que trabalham em empregos fora do campo de sua profissão. Nesses casos, mais do que nunca, há necessidade de atividades paralelas, de lazer ou não, que supram suas necessidades de alimento da auto estima, caso contrário ficam estressados ou caem em depressão.
Aprendi, ao fazer ikebana e aprender pintura, que apreciar o belo faz bem à alma, nos traz paz e harmonia interior. O belo pode ser a natureza, uma flor, um entardecer com um lindo pôr do sol, o luar, ou o amanhecer...está na arte, em todas as suas manifestações: pintura, escultura, dança, teatro, música, poesia, canto, artesanato, jardinagem, esporte etc...
Todos devem se permitir fazer uma atividade que lhe dê prazer, isto lhe dará alegria, bem estar e felicidade, o que se refletirá nos relacionamentos com os outros.
Mãos ocupadas, mentes tranqüilas! É uma grande verdade. A ociosidade dá oportunidade à mente de procurar problemas, preocupações... 
 Por que não se doar a uma trabalho voluntário? Quando doamos um pouco de nosso tempo a esse tipo de trabalho, seja com crianças, adolescentes, idosos ou doentes, enfim pessoas carentes principalmente de carinho e atenção, vamos perceber que o mais beneficiado é o próprio doador, pela felicidade interior que sente ao estar sendo útil.
Temos aqui no Brasil, em qualquer canto, um vasto campo para atividades desta natureza: é o menor carente que precisa aprender cidadania, valores, profissão...receber carinho e atenção. É o adolescente que precisa de orientação e profissionalização para ter condições de trabalhar, para não cair na droga e na prostituição...é o doente, pobre ou não, que precisa de apoio, conforto e atenção...é o idoso solitário nas casas assistenciais que fica feliz com uma visita, com um carinho...É o pobre que, sem trabalho, passa fome e frio...! São os deficientes necessitando ajuda!
Há em todas as cidades, como também aqui em Sorocaba, muitas entidades trabalhando nessa ajuda. Quem tem oportunidade de se aliar a elas conhecerá a alegria de servir! É preciso estarmos bem conosco mesmo e nos amarmos, para amarmos ao próximo, porque sentimos e compreendemos o que é necessário para uma pessoa ser feliz.
Quando estamos felizes, em paz e harmonia transmitimos isso para os que nos rodeiam. Não haveria violência se todos amassem ao próximo como a si mesmo, desejando aos outros todo bem que desejam para si.
Quanta beleza e verdade há nestas palavras de Stephen R. Covery (PhD): -"eu acredito que o trabalho mais significativo que podemos fazer na vida e no mundo é feito dentro das quatro paredes de nossa própria casa. Todas as mães e pais, sejam quais forem as suas atividades na vida, podem fazer a mais significativa das contribuições imprimindo na alma de seus filhos o espírito da solidariedade, de forma que as crianças cresçam comprometidas com o ideal de fazer uma diferença no mundo."
Não é preciso pensarmos em grandes feitos, não precisamos salvar o mundo ou sozinhos transformá-lo, basta fazermos a diferença para alguns.
Dizendo isso, lembrei-me de uma pequena história que li no livro "Canja de galinha para a alma"(de Victor Hansen, Jack Canfield e Heather McNamara) que se intitula "Uma de cada Vez."
-"uma pessoa caminhava por uma praia deserta, ao cair da tarde, quando viu ao longe o vulto de um homem. Conforme se aproximava notou que esse homem a toda hora se abaixava e pegava alguma coisa e lançava ao mar.
Quando chegou perto percebeu que ele estava catando estrelas do mar que haviam sido arrastadas para praia pelas ondas e "uma de cada vez", ele as estava devolvendo atirando de volta à água.
Aproximando-se o homem, essa pessoa perguntou: _ Boa tarde, amigo. Você me desculpe a curiosidade, mas o que você está fazendo?
_ Eu estou devolvendo estas estrelas do mar para o oceano. É que agora estamos na hora da maré baixa e se eu não jogá-las de volta para a água elas vão morrer.
_ Sim, eu entendo, mas deve haver centenas, milhares de estrelas do mar nesta praia, e em outras, e é impossível você salvá-las todas. Você não vê que o que está fazendo não vai fazer a menor diferença?
_ Fez diferença para aquela ali!
Pense nisso!...
                              
Heloisa  Nardi é química e professora, dedicou mais de trinta ao ensino e educação. Mestra em Reiki, pesquisadora de curas espirituais  energéticas.

* Artigo publicado na revista "Saber Viver".

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

EPICURO E A FELICIDADE - Alain de Botton


Epicuro (341 - 270 A.C ) 
Viveu em Atenas e fundou um movimento que por 700 anos permaneceu organizado. Tinha como objetivo fazer a humanidade voltar a felicidade. Seu principal pensamento era o de que uma sociedade feliz deve basear-se na amizade.

Epicuro é um dos escritores mais fecundos da antiguidade: ele tinha composto mais de trezentos tratados e estas obras eram realmente de sua autoria, não as aumentava por meio de citações tiradas de seus antecessores. Ele dizia que a filosofia era uma atividade destinada a estabelecer por meio de raciocínios e de discursos uma vida feliz. Suas reflexões atravessaram os séculos e nos orientam de forma preciosa em como levar uma vida mais simples e sábia.
Sua doutrina prega assim o prazer e é conhecida como hedonismo (do grego hedoné, o prazer).

Portanto, devemos ficar em condições de experimentar o prazer na vida, aproveitar os bons momentos, e mesmo cada dia e instante, dia vem a máxima latina que reflete o ensinamento de Epicuro: Carpe Diem, “Colha o dia”.

É preciso rejeitar todos os desejos que não são naturais e também os que não são necessários para nossa sobrevivência, para nossa saúde ou para nossa felicidade.
Mas o que é natural e necessário aos seres humanos?
Epicuro não dá uma resposta muito precisa, mas diz que é preciso contentar-se com pouco. Assim, quem deseja iguarias refinadas se arrisca muito a ficar decepcionado e infeliz se nem sempre tem os meios de proporcioná-las a si. Ter desejos de luxo expõe-nos a sofrer com freqüência. Logo, cumpre eliminá-los. Em compensação, quem só deseja alimentos “naturais”, um pouco de pão e água, por exemplo, encontrará facilmente com que se satisfazer e até pode tirar daí um imenso prazer se está realmente com fome e sede.
Portanto devemos passar nossos desejos pelo crivo da razão e eliminar implacavelmente todos os que não são naturais e necessários. Então ficaremos sábios e atingiremos ataraxia; o estado de ausência total de conturbação na alma, ou seja, a felicidade. Afinal, são os desejos insaciados, as paixões, e angústias que nos fazem sofrer.

TRES COISAS ESSENCIAIS À FELICIDADE
- TER AMIGOS = CONVIVER E CULTIVAR AMIZADES
- SER LIVRE = INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA
- TER UMA VIDA ANALISADA = REFLEXÕES/MEDITAÇÕES

Dica de leitura – “As consolações da filosofia” de Alain de Botton
Assista seus vídeos pelo nosso site – www.iluminattis.com.br.

sábado, 6 de outubro de 2012

DALAI LAMA - COMPAIXÃO E BEM-ESTAR - Artigo

Compaixão e bem-estar

Compaixão é o senso de preocupação, a noção clara de que todos os seres têm exatamente o mesmo direito à felicidade. Essa compreensão é que nos traz a compaixão. Um senso de compaixão verdadeiro é o que nos leva a ver o outro como tendo exatamente o mesmo direito que eu à felicidade. A  que se baseia na compreensão da igualdade de todos os seres, sem apego, é a  verdadeira.
 Compaixão por outras pessoas não é sinônimo de auto-sacrifício. É amor e apoio. Uma vida feliz precisa de amigos, compaixão e apoio.  Amigos verdadeiros revelam-se quando -- o dinheiro acaba ou o poder se vai -- e a amizade vai junto e acaba. Pois, somente os amigos verdadeiros ficam.
Então, como criar amigos verdadeiros? Se você tiver um sentimento de compaixão, terá mais amigos verdadeiros. Mostre sentimentos gentis e sorria, e terá bons amigos. Porque essa atmosfera pacífica será a sua base, que irá criar as condições para a amizade.
A prática de compaixão também é imensamente benéfica para a saúde. De acordo com a medicina, os que tem mais compaixão, são mais interessados pelos outros, geralmente são mais saudáveis quando comparados com pessoas egoístas. Os egoístas sofrem mais freqüentemente de enfartes e outras doenças.
A mente mais egoísta, mais voltada para si mesma é muito ruim para a saúde. A mente mais compassiva, mais voltada para o próximo traz mais tranqüilidade, resultando por isso em saúde muito melhor.