quinta-feira, 18 de outubro de 2012

ARTIGO - SAÚDE EMOCIONAL - Heloisa Nardi de Souza

Saúde Emocional - Alegria de Viver
Parte I

Já vimos que a saúde depende do equilíbrio entre corpo físico, mental e espiritual, como também já nos reportamos à importância de respiração e da alimentação para o corpo físico.
Agora veremos que para se ter um corpo emocional saudável precisamos compreender nossas emoções e cultivar aquelas que nos fazem bem, que alimentam nossa alma, como também precisamos trabalhar e compreender aquelas que nos perturbam e fazem mal.
Pensando nas que nos fazem bem, a primeira idéia que me ocorre é que "Alegria é saúde"!
É preciso se ter "alegria de viver" para se cuidar e ter saúde. Amar a vida alimenta nossa alma. Alegria de viver é necessária para se ter auto estima elevada, amar o que se faz e fazer  o que se gosta, estar em harmonia consigo mesmo.
Para isso a escolha da profissão é muito importante, tem que ser escolhida acertadamente. Mas sabemos que em tempos difíceis como os que estamos vivendo atualmente, em que há tanta dificuldade de colocação no mercado de trabalho, acabamos vendo pessoas que trabalham em empregos fora do campo de sua profissão. Nesses casos, mais do que nunca, há necessidade de atividades paralelas, de lazer ou não, que supram suas necessidades de alimento da auto estima, caso contrário ficam estressados ou caem em depressão.
Aprendi, ao fazer ikebana e aprender pintura, que apreciar o belo faz bem à alma, nos traz paz e harmonia interior. O belo pode ser a natureza, uma flor, um entardecer com um lindo pôr do sol, o luar, ou o amanhecer...está na arte, em todas as suas manifestações: pintura, escultura, dança, teatro, música, poesia, canto, artesanato, jardinagem, esporte etc...
Todos devem se permitir fazer uma atividade que lhe dê prazer, isto lhe dará alegria, bem estar e felicidade, o que se refletirá nos relacionamentos com os outros.
Mãos ocupadas, mentes tranqüilas! É uma grande verdade. A ociosidade dá oportunidade à mente de procurar problemas, preocupações... 
 Por que não se doar a uma trabalho voluntário? Quando doamos um pouco de nosso tempo a esse tipo de trabalho, seja com crianças, adolescentes, idosos ou doentes, enfim pessoas carentes principalmente de carinho e atenção, vamos perceber que o mais beneficiado é o próprio doador, pela felicidade interior que sente ao estar sendo útil.
Temos aqui no Brasil, em qualquer canto, um vasto campo para atividades desta natureza: é o menor carente que precisa aprender cidadania, valores, profissão...receber carinho e atenção. É o adolescente que precisa de orientação e profissionalização para ter condições de trabalhar, para não cair na droga e na prostituição...é o doente, pobre ou não, que precisa de apoio, conforto e atenção...é o idoso solitário nas casas assistenciais que fica feliz com uma visita, com um carinho...É o pobre que, sem trabalho, passa fome e frio...! São os deficientes necessitando ajuda!
Há em todas as cidades, como também aqui em Sorocaba, muitas entidades trabalhando nessa ajuda. Quem tem oportunidade de se aliar a elas conhecerá a alegria de servir! É preciso estarmos bem conosco mesmo e nos amarmos, para amarmos ao próximo, porque sentimos e compreendemos o que é necessário para uma pessoa ser feliz.
Quando estamos felizes, em paz e harmonia transmitimos isso para os que nos rodeiam. Não haveria violência se todos amassem ao próximo como a si mesmo, desejando aos outros todo bem que desejam para si.
Quanta beleza e verdade há nestas palavras de Stephen R. Covery (PhD): -"eu acredito que o trabalho mais significativo que podemos fazer na vida e no mundo é feito dentro das quatro paredes de nossa própria casa. Todas as mães e pais, sejam quais forem as suas atividades na vida, podem fazer a mais significativa das contribuições imprimindo na alma de seus filhos o espírito da solidariedade, de forma que as crianças cresçam comprometidas com o ideal de fazer uma diferença no mundo."
Não é preciso pensarmos em grandes feitos, não precisamos salvar o mundo ou sozinhos transformá-lo, basta fazermos a diferença para alguns.
Dizendo isso, lembrei-me de uma pequena história que li no livro "Canja de galinha para a alma"(de Victor Hansen, Jack Canfield e Heather McNamara) que se intitula "Uma de cada Vez."
-"uma pessoa caminhava por uma praia deserta, ao cair da tarde, quando viu ao longe o vulto de um homem. Conforme se aproximava notou que esse homem a toda hora se abaixava e pegava alguma coisa e lançava ao mar.
Quando chegou perto percebeu que ele estava catando estrelas do mar que haviam sido arrastadas para praia pelas ondas e "uma de cada vez", ele as estava devolvendo atirando de volta à água.
Aproximando-se o homem, essa pessoa perguntou: _ Boa tarde, amigo. Você me desculpe a curiosidade, mas o que você está fazendo?
_ Eu estou devolvendo estas estrelas do mar para o oceano. É que agora estamos na hora da maré baixa e se eu não jogá-las de volta para a água elas vão morrer.
_ Sim, eu entendo, mas deve haver centenas, milhares de estrelas do mar nesta praia, e em outras, e é impossível você salvá-las todas. Você não vê que o que está fazendo não vai fazer a menor diferença?
_ Fez diferença para aquela ali!
Pense nisso!...
                              
Heloisa  Nardi é química e professora, dedicou mais de trinta ao ensino e educação. Mestra em Reiki, pesquisadora de curas espirituais  energéticas.

* Artigo publicado na revista "Saber Viver".

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